sexta-feira, julho 22, 2005

Miúdas na parede... desde sempre...

Quem não se lembra de ir arranjar a bicicleta à oficina e ficar de boca aberta a olhar para os calendários que forravam as paredes?
Ou a ver os camiões parados nas fábricas também apetrechados...

E na idade da terrível inocência, que confusão que me fazia ver as moçoilas naquele estado.
Dava algum jeito estar a cortar lenha toda nua? Ou andar nua de Vespa ou de bicicleta? Ou pelo meio das vinhas sempre cheias de abelhas e picos?
Deviam sofrer muito, coitadinhas...

Com o passar dos anos, as coisas muda... e só chateia que os calendários estejam tão altos, tão cheios de pó ou debotados pelo sol, e acompanhados pelo sorrisinho do mecânico, sempre a lembrar a nossa fase de adolescente do tipo: suspeita mas não tem certezas.

O que é certo é que anos depois, este género públicitário, começa a ganhar outra expressão, a chamar outras atenções e a ser alvo de alguma recuperação.
Reconhece-se agora a qualidade estética da publicidade doutra hora.
As edições da Pirelli são lendárias e ainda resistem nos dias de hoje... sempre apetecidos.

Já as novas edições surgem com um carácter diferente, exemplo disso é o calendário Sic/Face.
A primeira edição, em 2003, serviu para angariar fundos para o combate ao Cancro da Mama. E claro que foi bem sucedida. Doze meses, doze beldades, nuas ou semi-nuas, para pendurar na sala ou na parede do escritório e com uma excelente desculpa: estamos a ajudar... claro!!!

Este ano é contra a violência. Mudaram o fotógrafo e algumas das modelos. Temos um calendário mais cheio de glamour e luz e cor. Apetitoso, mais uma vez. E a mostrar que neste campo não ficamos atrás de ninguém, lá vamos nós desembolsar os 15 euros para o ter no quarto.

Mais uma vez: por uma boa causa...